Primeiro, que nossa vida é breve
e frágil e, portanto, preciosa demais para ser desperdiçada. Segundo, que não
sabemos o que somos até nos dispormos a descobrir quem podemos ser. Dentro de
nós esconde um potencial ainda não realizado, uma pessoa que ainda iremos nos
tornar. Mas só com esforço podemos nos transformar nessa pessoa, pois cada um
de nós tem uma odisseia espiritual a enfrentar, uma jornada através do tempo.
No entanto, não podemos realizar
essa viagem, sozinhos. Vamos precisar da ajuda e do amor dos outros para chegar
ao nosso destino. E eles também vão precisar de nós se quiserem nos acompanhar
nessa aventura. Sem dúvida, encontraremos grandes obstáculos e tentações ao
longo do percurso, como o impulso de nos deixarmos levar pela correnteza, de
nos submetermos à vontade dos outros, de abandonarmos os próprios sonhos. O
maior obstáculo, porém, não está no exterior, mas dentro de nós mesmos: o
desejo de permanecer como somos em vez de nos tornarmos o que ainda podemos ser.
O maior adversário é nosso inimigo interior, pois em nosso íntimo se escondem
emoções sombrias e destrutivas. Mas também é lá que reside a luz da razão que
pode nos levar ao autoconhecimento.
É preciso viver com paixão e ter
cuidado com a sedução. Caso sejamos obrigados a escolher entre uma vida de
empenho apaixonado e uma existência tranquila e confortável, devemos optar pela
paixão, não pelo conforto. O mais importante, porém, não é o prazer que
obtemos, mas o alimento de nossa alma. Isso é, e sempre será, o que nos
diferencia dos animais.
( do livro Os Oito Pilares da
sabedoria grega, Stephen Bertman, PH.D, Ed. Setante)
Enviado pelo colégio Maria Clara
Machado.
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