Quando o Ninho Não Acolhe - O Sofrimento de Não Pertencer!
Nem todo sofrimento começa na vida adulta. Para alguns, a dor começa no berço. Ou melhor, no ninho.
Desde os primeiros instantes, algumas pessoas se sentem
deslocadas. Elas crescem em ambientes onde o amor é condicional, os olhares são julgadores
e a diferença é tratada como defeito.
Assim como o patinho feio, são crianças que percebem que
“algo está fora do lugar” — mas esse algo, dizem, são elas mesmas.
Os seus jeitos são "estranhos", os seus gostos são
"exagerados", a sua sensibilidade é "drama".
E o que poderia ser afeto, vira silêncio.
O que poderia ser apoio, vira cobrança.
O que poderia ser acolhimento, vira invisibilidade.
Esse é o tipo de dor que não deixa cicatriz aparente — mas
molda a forma como a pessoa se vê e se sente no mundo.
Ela aprende a se esconder para ser aceita.
A tentar se encaixar onde não cabe.
A duvidar da própria essência.
E muitas vezes, como o patinho, ela escolhe ir embora.
Não por rebeldia. Mas porque o lugar onde nasceu nunca foi realmente um lar. Então ela parte, buscando o seu lugar no mundo.
Mas o caminho também é duro: a diferença, quando não compreendida, pode ser
rejeitada em todos os lugares.
E aí nasce a solidão profunda de quem já tentou todos os
espelhos e ainda assim não se reconheceu em nenhum.
Mas o conto não termina aí.´ A beleza dessa jornada está no momento em que, exausto de se adaptar, o patinho
descansa.
Ele para de fugir de si.
E ao olhar para a água — não qualquer água, mas o lago certo — ele se vê.
Inteiro.
E finalmente entende: nunca foi um pato.
Era um cisne o tempo todo.
Esse é o instante simbólico do reencontro com a essência.
O momento em que entendemos que o problema nunca foi sermos quem somos, mas sim
os moldes onde tentaram nos encaixar.
E é por isso que, para muitos de nós, o verdadeiro
pertencimento só acontece depois do exílio.
Porque é só depois de tanto não caber que reconhecemos onde realmente
florescemos.
E às vezes, só às vezes… o nosso lago nos encontra quando
paramos de nos diminuir.
🌿 Se essa história toca algo em você, talvez ainda exista um cisne aí dentro —
só esperando o reflexo certo para se lembrar. Venha descobrir mais sobre você na Roda Virtual do dia 02 de agosto às 15 horas num sábado pela plataforma do Meet. Inscrições somente pelo WhatsApp 3199122-3190, garanta sua vaga.
Com Carinho, Beth Castro 💖
Guardiã de Vivências Transformadoras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário